O Cara da Sunga se torno um ícone, que faz parte da cultura de Porto Alegre. Ficou conhecido por correr pela cidade usando apenas tênis, sunga e chapéu, independente das condições do tempo – quer dizer, se faz MUITO frio, ele usa luvas. “Minhas vestimentas são adaptações práticas ao clima: a roupa molha com o suor e gela o corpo, o chapéu ou touca são para proteger o cabelo que é comprido. As luvas, no frio, porque é importante proteger as extremidades. Minha imunidade fica aumentada, nunca tenho gripe, resfriados ou lesões da corrida. É tudo ciência”, conta Eduardo André Viamonte.
Os lugares que ele mais curte na cidade são áreas por onde você certamente poderá vê-lo correndo e tem uma razão para isso: “eles expressam boa parte da cultura e do comportamento do porto-alegrense, além de uma mostra da arquitetura de importantes construções e de alguns dos mais importantes prédios públicos e museus de arte e história locais”, destaca.
Parque da Redenção
“A Redenção, como é chamado pelos seus frequentadores o Parque Farroupilha, é um parque público, com mais de 200 anos de idade, aberto 24 horas, sem cercas, e é uma área verde, com fauna e flora riquíssimas, bem na região central de Porto Alegre. É um parque tombado pelo patrimônio histórico e o grande palco de todo o tipo de manifestações artísticas, culturais, políticas, sociais, esportivas e ambientais. O nome Redenção faz referência aos escravizados, que quando libertados em 1884, antes mesmo da Lei Áurea no Brasil – Porto Alegre foi pioneira – se reuniam no seu território. Já o nome Parque Farroupilha data de 1935, e é decorrente do centenário da Revolução Farroupilha, quando houve ali uma colossal exposição, que durou meses. Aos sábados, acontece a FAE Feira dos Agricultores Ecologistas (Primeira Feira Orgânica do Brasil) e a Feira Ecológica do Bom Fim, na Av. José Bonifácio. Aos domingos, tem o Brique da Redenção, tradicional e celebrada feira de arte, artesanato e antiguidades.”
Roteiro a pé pelo Centro Histórico
“Início no Mercado Público, Largo Glênio Peres e Chalé da Praça 15. Segue rumo ao antigo prédio da Prefeitura (Paço Municipal), hoje o Museu de Arte de Porto Alegre. Sobe a Av Borges de Medeiros, passando pela Esquina Democrática (cruzamento com a Rua da Praia ou dos Andradas) e sobe as escadas do belíssimo Viaduto Otávio Rocha, que conectou regiões importantes da cidade, no passado.Vira à direita na Av. Duque de Caxias, onde temos o Museu Júlio de Castilhos, indo até a praça da Matriz, onde estão a Catedral Metropolitana, Palácio do Governo, Assembleia Legislativa, Theatro São Pedro e o Palácio da Justiça. Descendo pela Rua General Câmara (Rua da Ladeira), passa pela Biblioteca Pública, até a Rua da Praia (cujo nome oficial é Rua dos Andradas), dobrando em direção à Praça da Alfândega, onde estão o Museu de Arte do Rio Grande do Sul e o Memorial do Rio Grande do Sul. Seguindo pela Rua da Praia, temos a Casa de Cultura Mario Quintana, e, seguindo em direção à orla do Lago Guaíba, chega na Usina do Gasômetro, outro belíssimo cartão postal de Porto Alegre, hoje interditado internamente para reformas”.
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Bairro Cidade Baixa
“Outro ponto imperdível para quem quer conhecer nossa cidade é o complexo gastronômico e bairro boêmio da Cidade Baixa, com destaque para o Museu de Porto Alegre, Joaquim Felizardo, na Rua João Alfredo. São dezenas de pubs, bares e restaurantes, ao longo das Rua da República e suas transversais, Av. Lima e Silva, José do Patrocínio e João Alfredo.
A região é um importante ponto de encontro de universitários e de coletivos culturais da cidade.”
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