O Pacto Alegre não é exatamente um lugar a ser visitado – embora tenha uma sede física, no TecnoPuc -, mas sim um movimento voluntário que surgiu da visão de muitos porto-alegrenses de que havia espaço e condições de tornar a cidade melhor para viver, mais atrativa e interessante para inovar e empreender. Para colocar em prática tantas ideias, o espanhol Josep Piqué (um dos responsáveis pela renovação do Distrito22@, que é conhecido como o celeiro da inovação de Barcelona) atua como consultor do Pacto. O objetivo é tornar Porto Alegre um polo de inovação de classe mundial, deixando para trás um pensamento de escassez e aplicando a lógica da abundância, onde cada um disponibiliza o que tem – conhecimento, tempo, ou recursos financeiros – em prol de um objetivo comum. Ele é formado pela quádrupla hélice, ou seja, envolve universidades, sociedade civil, empresas e poder público.
Projetos
Desde 2019, quando surgiu, o Pacto Alegre foi responsável por tirar do papel ou colaborar com propostas que mudaram a cara da Capital Gaúcha. Entre projetos concluídos e em andamento, a verdade é que, desde que o movimento começou, Porto Alegre vem mudando para melhor, seja por motivos diretos ou indiretos. A reestruturação do Quarto Distrito faz parte do Pacto, que foi um parceiro na criação do Instituto Caldeira e a criação da marca oficial da cidade (essa que usamos aqui no portal!). Atualmente, o projeto Territórios Inovadores está viabilizando a instalação de hubs de inovação em áreas periféricas, com a consultoria de Santiago Uribe. O colombiano atua no Escritório de Resiliência de Medellín, órgão responsável por tornar a cidade uma referência mundial em inovação. O Pacto também tem projetos para impulsionar a educação, o turismo em Porto Alegre (sendo um dos apoiadores do Destino POA), desenvolver atividades de empreendedorismo e impacto social, e foi precursor do MBA em Ecossistemas de Inovação que, de forma inédita, reuniu três universidades (UFRGS, PUCRS e Unisinos).
Referência
Em razão dos excelentes resultados diretos e indiretos da atuação do Pacto Alegre, em quatro anos ele já se tornou uma referência para outras cidades. O movimento já foi até mesmo tema de doutorado da USP. Por isso, embora não seja um lugar turístico, ele é sim um movimento que tem as portas abertas para quem quiser conhecer e aprender sobre a cultura colaborativa, que coloca a inovação e a criatividade como ferramentas para mudanças na sociedade.