No dia 10 de agosto, o Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre, será palco de uma verdadeira viagem no tempo com o espetáculo A Era dos Festivais. Com direção artística do maestro Tiago Flores, curadoria e direção geral de Leo Henkin e Jader Cardoso, a apresentação relembra o período entre 1965 e 1972 — os anos de ouro dos festivais de música popular brasileira.
Inspirado no livro de Zuza Homem de Mello, o show combina música, história e emoção. No palco, o professor Flávio Azevedo costura a narrativa entre canções interpretadas por grandes nomes da cena musical: Serginho Moah, Gelson Oliveira, Ernesto Fagundes, Nina Nicolaiewsky, Andréa Cavalheiro, Marcelo Delacroix, Jader Cardoso, Alex Alano, Izmália, Rodrigo Fischman, Rê Adegas e Tonho Crocco.
As canções serão executadas pela Orquestra de Câmara da ULBRA, trazendo arranjos originais ou pequenas adaptações que respeitam a essência das composições marcantes da época. O resultado é uma imersão musical e histórica, com duração de 1h50min e
classificação livre, ideal para todas as gerações.
“Queremos proporcionar ao público uma experiência sensorial e afetiva, um mergulho no que foi aquele período incrível do surgimento de novas vertentes da música popular brasileira , em meio às transformações culturais do Brasil e do mundo“, explica Leo Henkin.
No repertório do show, músicas como Arrastão, primeiro lugar no I Festival da Excelsior em 1965, ganha nova vida na interpretação poderosa de Andréa Cavalheiro, resgatando o início arrebatador da era dos festivais. A Banda, vencedora do II Festival da Record em 1966, é apresentada por Marcelo Delacroix e Nina Nicolaiewsky, em uma releitura sensível e nostálgica desse clássico de Chico Buarque. Disparada, que dividiu o primeiro lugar com “A Banda” no mesmo festival, emociona na voz marcante de Ernesto Fagundes, exaltando a força do sertão, uma crítica social na figura do boiadeiro.Pra não dizer que não falei de flores, segundo lugar no III FIC de 1968, é interpretada por Jader Cardoso, relembrando com coragem a canção que virou símbolo da resistência. BR-3, música vencedora do V FIC em 1970, chega com força e emoção na interpretação de Serginho Moah, traduzindo o Brasil urbano e moderno e as novas vertentes da música negra daquele momento. Ao todo, são 12 intérpretes e 19 canções. O setlist é uma verdadeira viagem na história através da música brasileira.
Não perca! Um espetáculo cantado e contado.
Serviço – Espetáculo A Era dos Festivais
Data: Dia 10 de agosto de 2025 (domingo, Dia dos Pais)
Local: Auditório Araújo Vianna – Porto Alegre/RS
Horário: 18h
Classificação: Livre
Duração: 1h50
Ingressos pelo Sympla: bileto.sympla.com.br/event/106655/d/319831
Realização: Opinião Produtora
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Repertório completo:
1- “Arrastão”, primeiro lugar no I Festival da Excelsior em 1965, ganha nova vida na
interpretação poderosa de Andréa Cavalheiro, resgatando o início arrebatador da era dos
festivais.
2- “A Banda” , vencedora do II Festival da Record em 1966, é apresentada por Marcelo
Delacroix e Nina Nicolaiewsky, em uma releitura sensível e nostálgica desse clássico de
Chico Buarque.
3- “Disparada” (interpretada à época por Jair Rodrigues), que dividiu o primeiro lugar com “A Banda” no mesmo festival, emociona na voz marcante de Ernesto Fagundes, exaltando a força do sertão e a busca por dignidade, na figura do peão boiadeiro.
4- “Travessia” (Milton Nascimento), que conquistou o segundo lugar no II FIC em 1967, retorna com toda sua beleza no timbre potente e único de Gelson Oliveira, homenageando a estreia de Milton Nascimento nos festivais.
5- “Alegria, Alegria” (Caetano Veloso), quarto lugar no III Festival da Record em 1967, representa o marco tropicalista e chega ao palco na voz vibrante de Alex Alano.
6- “Roda viva” (Chico Buarque), terceiro lugar no mesmo festival, é cantada com maestria por Marcelo Delacroix, reforçando a crítica e a poesia do genial compositor.
7- “Domingo no parque” (Gilberto Gil), segundo lugar no III Festival da Record de 1967, resgata os ares tropicalistas com a interpretação contundente de Gelson Oliveira.
8- “Ponteio” (música de Edu Lobo) grande campeã do III Festival da Record em 1967, é interpretada com vigor e intensidade por Andréa Cavalheiro e Jader Cardoso, celebrando o encontro entre o regional e o moderno.
9- “2001” (Os mutantes), quarto lugar no IV Festival da Record em 1968, é revivida com frescor e originalidade por Izmália, em uma viagem musical psicodélica e ousada.
10- “Divino, maravilhoso” (defendida por Gal Costa), terceiro lugar no mesmo festival, ecoa com intensidade na voz de Renata Adegas, revelando o tom provocador e urgente da canção.
11- “Andança” (defendida à época por Beth Carvalho), terceiro lugar no III FIC em 1968, encanta novamente nas vozes de Renata Adegas e Jader Cardoso, em uma versão doce e envolvente desse hino romântico.
12-“Pra não dizer que não falei de flores” (Geraldo Vandré), segundo lugar no III FIC de 1968, é interpretada por Jader Cardoso, relembrando a canção que virou símbolo da resistência.
13- “Sinal fechado” (Paulinho da Viola), vencedora do V Festival da Record em 1969; música que revelava naquele momento a desumanização da vida nas grandes metrópoles, ganha nova leitura com Tonho Crocco.
14- “Cantiga por Luciana” (à época defendida por Evinha); música que conquistou o primeiro lugar no IV FIC em 1969, ressurge na voz de Nina Nicolaiewsky, trazendo leveza e poesia ao espetáculo.
15- “Universo no teu corpo” (canção de Taiguara), oitavo lugar no V FIC em 1970, é interpretada por Rodrigo Fischmann, com suavidade e paixão em cada verso.
16- “BR-3” (Tony Tornado) a música vencedora do V FIC em 1970, e que traduziu o Brasil urbano e a chegada de uma nova vertente da música negra daquele momento, é reinterpretada com força e emoção por Serginho Moah.
17- “Casa no campo” (música de Zé Rodrix), nono lugar no VI FIC em 1971; o sonho hippie de uma geração é cantado com maestria e sensibilidade por Tonho Crocco, num convite à introspecção e ao desejo de paz.
18-“Eu quero é botar meu bloco na rua” (de Sérgio Sampaio), finalista no VII FIC em 1972, ganha tom de manifesto na voz de Rodrigo Fischmann.
19- “Fio Maravilha”, (música de Jorge Ben, à época interpretada por Maria Alcina); a grande vencedora do VII FIC em 1972, encerra o espetáculo em clima de celebração, com a intensidade inebriante de Izmália no vocal.