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Coletiva Poéticas & Processos

19 a 25 de julho de 2025

Gratuito mediante inscrição
Entradas / Ingressos

Confira aqui

Organizado por Vila Flores

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Atualizado em 11/07/2025

Sobre o evento

Poéticas & Processos reúne olhares e reflexões do universo feminino

Exposição coletiva de nove artistas inaugura no sábado (19), 
no galpão do Vila Flores, com roda de choro, visitação e oficinas gratuitas

O espaço multicultural Vila Flores recebe, a partir do dia 19 de julho, a coletiva Poéticas & Processos, exposição que reúne os processos criativos de nove artistas visuais de diferentes lugares do Brasil. Ananélia Meireles (DF), Fabiana Gasperin (RS), Giulia Paz (SP), Isabel Marroni (RS), Juliana Dedavid (RS), Marina Alcolumbre (AP), Maria Antonia Fulco (SP), Marina Lazzarotto (RJ) e Leila Bohn (RS – BR / NC – US) trazem seus diferentes olhares questionando os lugares impostos às mulheres contemporâneas. A curadoria é assinada por Ane Valls.

A abertura ocorre no sábado (19), das 10h às 17h, com roda de choro do grupo É por Aí. A visitação segue até 25 de julho, de terça a sexta-feira, das 9h30 às 18h30, com entrada gratuita.

Entre 22 e 24 de julho, quatro artistas conduzirão oficinas abertas ao público, convidando os participantes a conhecer seus processos criativos. Inscrições gratuitas podem ser feitas pelo link: forms.gle


DA MATERNIDADE ÀS MEMÓRIAS, DA DANÇA AO BORDADO

Com ênfase na investigação, as artistas traduzem em suas criações os momentos em que cada uma mergulhou em temáticas diversas, construindo um olhar panorâmico a partir de suas memórias, com recortes históricos e sociais que conversam com as marcas pessoais. Desta forma, contextos históricos, sociais e pessoais impulsionam reflexões e trocas como pontos de partida em busca de respostas e, também, de novas perguntas.

Entre os processos em destaque está o trabalho de Juliana Dedavid, que participa de sua primeira exposição com Maternidade: corpo-testemunho – fotografias digitais e escritos sobre sua experiência com a maternidade (2017-2025). 

–          O convite para estar junto de artistas mulheres me provoca a inventar um novo nome para aquilo que já produzo como registro de uma vida comum de mulher que é mãe – revela a psicanalista e mãe de Clara e Teo.

Isabel Marroni, com trajetória artística iniciada em 1980, desenvolve uma pesquisa atual que parte da ação de rasgar suas obras anteriores e ressignificá-las. A artista porto-alegrense busca tensionar camadas de procedimentos que envolvem desconstrução e recomposição, ressignificando fragmentos e transformando-os em matéria-prima para novos trabalhos.

Já Marina Lazzarotto traz uma caixa de madeira organizada como uma coleção de curiosidades, contendo desenhos, pingentes, adesivos e anotações que documentam seu processo artístico, além da obra Roupas de Viver/Morrer (2022): dois vestidos idênticos, sendo que um foi usado por cerca de quarenta dias, apresentando desgaste e manchas, enquanto o outro permaneceu guardado.

Ao explorar diferentes materiais, técnicas e assuntos, cada experimento é um testemunho do processo de tentativas e avanços, que faz de cada linguagem uma expressão viva, dinâmica e sempre em transformação. O diálogo entre elas é o convite para que o público possa se localizar neste ambiente que favorece a compreensão sobre como uma artista contemporânea trabalha.

–          A exposição propõe um espaço onde as poéticas individuais se encontram e dialogam, revelando como cada processo criativo carrega em si questões universais da experiência feminina contemporânea – destaca a curadora Ane Valls, doutora em Artes Visuais pela UFRGS, com pesquisa focada em feminismos e história da arte contemporânea.


AS ARTISTAS E SUAS TEMÁTICAS

A curadora
A professora e pesquisadora Ane Valls é doutora em Artes Visuais pela UFRGS, com pesquisa focada em feminismos e história da arte contemporânea. Desenvolve projeto independente de cursos on-line desde 2020 e foi docente convidada no MASP, Fundação Iberê Camargo e outros espaços culturais. Em 2025, já curou as exposições A Bruta Delicadeza (Casa de Cultura Mário Quintana), Na Borda do Mundo (IAB-RS) e A mão do olho na mão do Mundo (Galeria 506).

As artistas

Ananélia Meireles Dubois (DF), nascida em Tupã-SP, vive e trabalha em Brasília. Doutora pela UFRGS em Educação em Ciências-Sustentabilidade (2019), é artista visual autodidata desde 2021. Desenvolve trabalhos em arte têxtil em tecido e papel, livros de artista e colagem, com pesquisa centrada nas relações humanas e na (in)sustentabilidade dessas relações, inclusive com o ambiente. Faz uso recorrente de letras e palavras para explorar a potência gráfica. Na exposição, apresenta O Investível (2024/2025), obra em algodão bordado com linha de algodão, tule e lantejoulas (146 x 54 cm), além de caderno de artista. 

– A exposição representa a importância de oferecer a leitura do percurso de meu processo criativo – revela.

Fabiana Gasperin (RS) graduada em Arquitetura e Urbanismo (1990) e pós-graduada em Gestão do Patrimônio Cultural (2011), articula em sua produção artística investigações sobre memória e afeto. Gaúcha, desenvolve trabalhos que transitam entre diferentes suportes, explorando as camadas subjetivas que compõem a experiência feminina. Sua pesquisa visual busca compreender como as marcas pessoais se transformam em linguagem artística, criando pontes entre o íntimo e o universal. A artista integra o cenário contemporâneo do Rio Grande do Sul com proposições que dialogam com questões de subjetividade e pertencimento.

Giulia Paz (RS) apresenta Um palmo acima do chão. Mestranda em Pintura na Universidade de Lisboa, a porto-alegrense explora memória e pertencimento por meio de gestos como desfiar e apagar. Filha de gerações de costureiras, traz o universo têxtil como elemento estruturante de sua produção. Sua prática artística transita entre fotografia, costura, desenho e instalação, tensionando os limites entre o que permanece e o que se desfaz. 

–          Expor esse trabalho em Porto Alegre tem valor especial para mim – revela a artista.

Isabel Marroni (RS) vive e trabalha em Porto Alegre, com trajetória artística iniciada em 1980 no Atelier Livre da Prefeitura. Formada em Design de Interiores (2013), amplia continuamente sua pesquisa em pintura e colagem. A partir de paralelos entre experiências pessoais, coletivas e simbólicas, busca tensionar camadas de procedimentos que envolvem desconstrução e recomposição. A pesquisa atual parte da ação de rasgar suas obras anteriores e ressignificá-las. Participa de grupos de acompanhamento coletivo como Nowhere Lisboa e desenvolve trabalhos que dialogam com sua experiência de décadas nas artes visuais. Sua individual mais recente foi realizada em 2023 na Gravura Galeria: A pele da paisagem. Sua prática se resume em ressignificar fragmentos e transformá-los em matéria-prima para novos trabalhos.

Juliana Dedavid (RS), nascida em Santo Ângelo, participa de sua primeira exposição. Psicanalista, mãe de Clara e Teo, tem formação em Direito (PUCRS, 2007) e Psicologia (UFRGS, 2010). Documenta os afetos do cotidiano por meio da palavra e da imagem, especialmente após a experiência da maternidade. Utiliza a escrita e a fotografia documental para registrar a relação com os filhos, “buscando dar contorno a essa experiência cheia de vazios”. Suas fotografias, de caráter testemunhal e sem o apelo estético tradicional, exploram as sombras e os corpos “feitos de pulsão e palavras”, abrindo campos de linguagem para pensar no universo da maternidade e na percepção das mulheres sobre essa vivência.

Marina Alcolumbre (AP) traz para a mostra o olhar do Norte do Brasil sobre questões femininas contemporâneas e também pessoais dentro do seu processo artístico. Sua produção, focada em sua maioria nas produções em aquarela, faz um diálogo entre a fluidez desta técnica e as suas vivências pessoais e como isso ressoa nos trabalhos apresentados. A artista busca explorar nessa exposição os seus movimentos internos como mulher e artista e como isso se apresenta ao externo, explorando como as identidades regionais se articulam com questões universais da experiência feminina. Sua participação representa a importância da descentralização do debate artístico nacional.

Maria Antonia Silva Fulco (SP) é designer que vive e trabalha em São Paulo. Cria trabalhos a partir da dança, do movimento e das marcas corporais – físicas, emocionais e invisíveis. Sua produção resulta das experiências com o universo da dança, especialmente o ballet clássico.. Desenvolve uma escuta sensível dos materiais, aceitando seus limites e acolhendo o devir. Sua poética transforma a experiência corporal em linguagem visual contemporânea.

–          Trabalho com tecidos, objetos usados, fragmentos, sobras, recortes, símbolos que já foram dançados ou vividos”, explica

Marina Lazzarotto (RJ), nascida no Rio de Janeiro, é graduada em Design pela PUC-Rio. Sua produção multidisciplinar transita entre desenho, pintura e instalação. Desde 2021, participa de exposições no Rio de Janeiro e São Paulo. Frequentou cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e foi residente na Casa da Escada Colorida. Constrói uma poética onde delicadeza e estranhamento convivem, revelando símbolos do cotidiano e da experiência feminina em tensão com códigos e expectativas sociais. Sua produção questiona os lugares impostos às mulheres na sociedade contemporânea.

Leila Bohn (RS-BR/NC-US), nascida em Novo Hamburgo, é graduada em Artes Visuais pela Universidade Feevale. Atualmente vive em Gramado, dividindo seu tempo entre Brasil e Estados Unidos, onde integra grupos de estudo. A arte como linguagem expressiva acompanha sua trajetória como artista e educadora. Em 2025, passou a ter atelier no ARTSPACE NC em Raleigh, Carolina do Norte. Sua produção dialoga com questões transculturais, explorando como as experiências de deslocamento e pertencimento múltiplo se traduzem em linguagem visual contemporânea.

Serviço


O quê: Coletiva Poéticas & Processos
Quando: 19 a 25 de julho. A visitação é de terça a sexta-feira, das 9h30 às 18h30
Abertura: 19 de julho (sábado), das 10h às 17h, com roda de choro
Onde: Galpão B do Vila Flores, espaço multicultural localizado na R. São Carlos, 759 – Porto Alegre
Quanto: gratuito
Oficinas: gratuitas – inscrições no link  forms.gle

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