O que um dia já foi uma garagem hoje abriga um restaurante charmoso em uma rua arborizada e tranquila do bairro Rio Branco. No Armazém Box 18, o cliente que ama café não vai se decepcionar com a opção de refil, ou seja, sem limites para a cafeína. Os pratos judaicos ocupam boa parte do menu que conta ainda com muitos clássicos como ovos benedict e o bairrista sanduíche farroupilha. Abrindo às sete da manhã, todos os dias, é uma maneira maravilhosa de começar um dia de trabalho ou de folga.
Um nome com história
A porta se abre acompanhada de uma sinetinha simpática que anuncia que mais um cliente está chegando, assim como acontece nos comércios do interior que são tão pacatos que o dono pode se distrair e nem perceber a chegada de um alguém. Não é o caso do Armazém Box 18, sempre movimentado independente do dia e horário, mas o tilintar do sininho cumpre seu papel: o cliente se sente anunciado. Logo um dos simpáticos atendentes te recebe e oferece uma das mesas na parte da frente ou nos fundos depois do grande balcão no estilo mercearia de bairro. É a deixa para explicarem a origem do espaço. A história do Armazém iniciou ocupando um box de estacionamento com um freezer e a venda de carnes online em 2019. Daí o nome “Box 18” que logo virou um verdadeiro Armazém com a venda de vinhos, café, fiambres, lanches e padaria. A decoração é bem nostálgica, um cantinho do passado no meio do bairro Rio Branco.
Delícias do mundo
O cardápio é uma verdadeira experiência gastronômica e tem inspiração nas culinárias judaica e uruguaia. Há também um “que” de dinner americano seja pelo estilo de comida caseira ou pelo café em refil servido naquelas tradicionais jarras de vidro. Isso mesmo, para a felicidade de quem não vive sem cafeína, por R$ 18, a pessoa pode tomar suas xícaras à vontade. É opção de muitos que escolhem o espaço para trabalhar. No menu encontramos um verdadeiro mix cultural. O Smash Latkes, por exemplo, é uma mescla de três diferentes culturas: norte-americana, com o american cheese e o smash burger, judaica, com o latkes, e uruguaia com o pan de miga. Vários pratos são baseados em receitas seculares de família judaica, origem de um dos sócios do espaço. Há uma sessão especial só para eles no cardápio.
Nossas escolhas
Visitamos o espaço em uma manhã chuvosa, então as mesas da calçada não eram muito convenientes, mas aos finais de semana há fila de espera por uma delas. Escolhemos uma mesa bem ao lado do janelão com neon e já garantimos a primeira xícara de café passado. Nossos pedidos foram Croque Madame, super bem servido e com ovo no ponto certinho; Farroupilha, que no Armazém vem aberto; e Panquecas com nata e geleia de frutas vermelhas, a mistura ideal de cobertura doce e azedinha sobre uma montanha de discos fofinhos.
Serviço
Uma grande sacada do espaço é o horário de abertura: 7h, atendendo quem acorda bem cedinho e gosta de tomar café da manhã na rua. As portas só fecham às 20h sempre de segunda a sábado. Aos domingos e feriados segue abrindo às 7h até as 18h. São 75 lugares na casa atualmente, com mesas na rua e também em um jardim de inverno nos fundos. Os lugares do salão garantem acesso a tomadas e Wi-Fi para quem escolher o local como “coffee office”. O Armazém já não vende mais carnes, mas ficamos sabendo que um projeto bem legal está em andamento, o Açougue Box 18, um açougue tipicamente de bairro. É esperar para ver se a fórmula de sucesso será repetida.