Entrar no Jardim Botânico significa respirar ar puro e deixar para trás o barulho da cidade grande. Mesmo localizado em meio a uma região bastante urbana, a área de 38 hectares é um refúgio natural, com oito mil exemplares de 650 espécies de flora nativa do Estado, cuja paisagem é completa com dois lagos. É um mergulho de conexão e encontro com a natureza, mas principalmente de preservação de espécies vegetais – inclusive algumas raras ou em extinção, como a árvore que deu nome ao nosso país: o pau-brasil.
Me caiu os butiá do bolso
Não importa de qual parte do Brasil tu és, certamente já deve ter ouvido alguma expressão bem gaudéria, como: bah, tchê, guri e guria… Mas também tem alguns ditados que fazem parte do nosso repertório e no Jardim Botânico talvez tu entendas um deles muito bem. “Me caiu os butiá do bolso” é o que a gente diz quando é surpreendido por algo, quando ficamos chocados ou impressionados. E, sim. É com o plural todo errado mesmo. O butiá é uma frutinha amarela que dá numa pequena palmeira de até oito metros de altura. A árvore está em extinção e é a espécie símbolo do JB. Se tiver algumas à altura, ou até caídas no chão, vale provar, hein! Outras duas plantas que têm tudo a ver com a cultura gaúcha e que tu encontras por lá são: a erva-mate e a araucária.
Para estudar e aprender
Uma das atrações do Jardim Botânico é o Serpentário, onde tu tens aquela chance de ver uma jibóia de perto ou descobrir a diferença entre a cobra coral falsa e a verdadeira. O Museu de Ciências Naturais vai desde explicações sobre reprodução de plantas e diferenças biológicas de grupos de animais até réplicas de habitat muito realistas. De vez em quando há exposições ligadas ao tema institucional como fotos de viagens regionais ou abstracionismo sobre preservação.